Descrição
Considerando que o processo de treino é único e que deve ter em vista o jogo que se procura, este deverá então, ter por base o Modelo de Jogo consubstanciado num conjunto de princÍpios de acção que servirão de referência à condução do processo e que permitirão alcançar o objectivo de organização da equipa.
As decisões dos jogadores devem ter como base determinados princÍpios que constituirão, no seu conjunto, a lógica interna de funcionamento da equipa. Para que isto aconteça tem que se treinar tendo como principal prioridade a aquisição de hábitos referentes a uma determinada forma de jogar futebol, que no nosso entender e de acordo com a pesquisa efectuada é mormente facilitado e promovido pela Periodização Táctica. À consecução deste objectivo não é alheia uma intervenção competente e adequada do treinador ao longo do processo pois permite um direccionamento mais concreto e eficaz.
Para perceber melhor as entrelinhas destas questões definimos os seguintes objectivos: descrever os mecanismos inerentes ao processo de cumprimento dos princÍpios de jogo; indagar acerca das formas de perspectivar este processo por parte dos treinadores no que se refere à sua intervenção especÍfica; possibilitar uma maximização da transferência dos conteúdos essenciais do treino para o jogo.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Existência de um modelo de jogo como condição impreterível para dele se ter consciência
2.2. … constituindo-se a prática como princÍpio e fim da sua transmissão
2.3. … que vai condicionar a espontaneidade decisional do «aqui e agora»
2.4. … com permanente subordinação aos princÍpios de jogo como «objectos mentais»
2.5. … que passam a fazer parte da memória de modo a serem evocados sempre que necessário
2.6. … para haver a manifestação de um padrão de comportamento regular que se pretende eficaz
2.7. … graças à evolução individual de cada jogador sustentada em referenciais eminentemente colectivos
2.8. … que vai permitir a eclosão da desordem desequilibradora sustentada numa ordem implÍcita
2.9. … determinada previamente pelo treino
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Caracterização da amostra
3.2. Metodologia de investigação
3.3. Recolha de dados
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1. A especificidade da repetição sistemática dos princípios de jogo
4.1.1. … necessita de um profundo conhecimento do modelo de jogo
4.1.2. … e está na interacção dos princÍpios da alternância horizontal, da progressão complexa e das propensões devidamente contextualizados
4.2. A mesma abordagem com diferente grau de complexidade como fulcro do processo de assimilação dos princÍpios de jogo
4.2.1. … que nunca esgotam a sua riqueza impedindo o uso do conceito de «manutenção do princÍpio de jogo»
4.3. A focalização no comportamento que se pretende treinar advém da configuração do exercÍcio
4.3.1. … e de uma intervenção do treinador centrada precisamente nesses aspectos
4.4. A auto-hetero-superação está no limiar entre sucesso e insucesso
4.4.1. … e depende em grande medida da intervenção adequada do treinador
4.5. A antecipação permitida pela existência de uma lógica de resolução dos problemas
4.6. A desmontagem do jogo referenciada ao plano macro como chave do plano micro
4.6.1. … o que implica uma fractalidade no plano transversal
4.6.2. … e uma fractalidade em profundidade
4.6.3. … geridas por um tipo de intervenção anti-determinista
4.7. A qualidade individual apenas pode ser manifestada quando está subjugada a algo hierarquicamente superior
4.7.1. … havendo que actuar sobre o(s) jogadores(es) em causa
4.7.2. … e simultaneamente sobre o modelo de jogo, reajustando-o sem perda do padrão global
4.8. A criatividade especÍfica como um desvio treinado, previsto internamente e enriquecedor
4.8.1. … apenas possibilitada por uma intervenção amplamente competente por parte do treinador
4.9. A preponderância da prática na aquisição de hábitos enquanto «capacidade organizante»
4.9.1. … que deve estar associada a uma identificação teórica consciente dos comportamentos a manifestar
4.9.1.1. … possibilitada por uma transmissão verbal e pelo uso de imagens
4.10. A necessidade de uma supra-especificidade face à escassez de tempo para treinar quando se está a top
5. CONCLUSÕES
6. EXEMPLOS PRÁTICOS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. ANEXOS