Descrição
Hoje em dia para poder obter com frequência a vitória, – o objectivo de todos –, é imprescindível dispor de jogadores cada vez mais completos e com uma boa formação, isto é, com um excelente nível técnico, muitos conhecimentos tácticos e uma preparação atlética e mental como nunca. Mas o que falta? Que aspecto da formação de um futebolista há que considerar ou estimular mais do que fazia no passado, para conseguir uma vantagem sobre os outros?
Existe um aspecto de rendimento de um jogador, ao qual não se deu ainda a devida importância no que toca ao ensino e que pode caracterizar a segunda década do século XXI: a capacidade de inteligência de jogo, autêntico motor de qualquer prestação futebolística e responsável pela qualidade de jogo. A inteligência do futebolista será sem duvida um importante critério avaliar o seu rendimento.
Devido aos estilos de ensino excessivamente dirigidos, que a grande maioria dos formadores e treinadores continuam a utilizar no seu trabalho com jogadores, o desenvolvimento da inteligência do jogadores ainda se encontra num nível baixo. As instruções e os avisos que os formadores/treinadores dirigem aos seus jogadores antes do jogo e também durante o seu decorrer são insuficientes e, inclusive, às vezes são contraproducentes para levar o nosso futebol a um nível mais alto.
Para melhorar o seu nível a médio e a longo prazo falta, entre outras coisas, começar desde o inÍcio com um sistema de desenvolvimento do pensamento e do comportamento técnico-táctico do jogador e uma progressiva estimulação das suas capacidades perceptivas e intelectuais. Devido ao facto de com o toque de bola se desenvolvem simultaneamente as capacidades cognitivas do jogador, surge a necessidade de estimular o cérebro na formação dos nossos jovens valores.
O Futebol moderno começa na cabeça e termina nos pés.
Há que procurar que os nossos jovens aprendam a jogar com a cabeça antes de o fazerem com os seus pés.